Jéf encanta pela leveza de suas canções. Não à toa,
seu primeiro EP no projeto solo se chama "Leve" e nos cativa pela
simplicidade, sinceridade e pelo amor genuíno em suas letras. O músico gaúcho
de Três Coroas- RS venceu a última edição do Breakout Brasil, da Sony, mas
carrega em sua essência a humildade de quem está disposto a transmitir bons
sentimentos a quem sua música puder alcançar.
É possível notar que você possui um
olhar sensível sobre o mundo ao redor e isso sem dúvida reflete em suas letras.
Como funciona seu processo de composição?
-
Meu processo de composição é meio maluco. Eu procuro me abastecer de muito
conteúdo, músicas, livros, filmes e na vida de verdade, no cotidiano, na
história das pessoas, e aí, do nada, alguma coisa surge na minha cabeça. Uma
ideia de letra ou melodia. Aí gravo no celular ou anoto em algum lugar, e
depois, se aquilo ficar insistindo na cabeça, eu tento trabalhar em cima para
finalizar. As vezes surgem músicas ou letras inteiras na cabeça. É meio
estranho isso, mas é muito bom.
Além da preocupação com as músicas, há
também um cuidado estético, a criação de uma identidade visual que se nota
tanto na arte de "Leve" quanto no seu material de divulgação em redes
sociais. Quem é responsável por esse conteúdo? Você costuma acompanhar de perto
esses processos?
-
Como eu sou publicitário, eu procuro ter esse cuidado especial com meu
trabalho. Não só com a música, mas com tudo que envolve. Tenho uma amiga que
gosto muito do trabalho que é quem cuida da fanpage junto comigo, ela quem cria
o conteúdo em si, a Rose Böck. Ela programa os posts e me envia, aí vejo se
está tudo legal, escrevo o texto. Enfim, é um trabalho bem de perto, que
fazemos com muito carinho. A arte do "Leve" foi feita pelo artista
gráfico Leo Lage e pelo fotógrafo Gabriel Not. Também, acompanhei de perto,
trocamos muito e-mails, telefonemas até que o resultado ficasse ok para todos
nós.
Você chegou a manifestar sua admiração
pelo trabalho do Lucas Silveira, da Fresno. Como foi trabalhar com ele na
produção do seu próximo álbum?
-
Foi muito legal, experiência incrível. Admiro muito o trabalho dele, mesmo. Ele
é um cara que é referência pra nova geração, e que muitos artistas já
consagrados estão começando a se ligar, como o RPM, o Skank (Lucas escreveu uma
letra para eles no disco novo). Enfim, poder trocar experiência com ele, ouvir
o que ele tem pra dizer e todo o carinho que ele dedicou ao meu trabalho foi
algo muito especial. Fiquei muito feliz.
O que mudou na vida do gaúcho que
trabalhava em uma fábrica de sapatos e que hoje é vencedor do reality Breakout
Brasil e dono de um contrato com a Sony Music?
-
Pois é, ainda está mudando. Antes a música era uma coisa que eu fazia quando
tinha tempo, agora estou vivendo disso, é minha prioridade, é o sonho que eu
tinha. Tenho me dedicado a isso e está sendo muito legal.
É a primeira vez que apresenta seu
trabalho solo em São Paulo. Qual a expectativa para sua passagem por aqui?
- A
expectativa é muito boa. Muita gente estava mandando mensagens, entrando em
contato, pedindo shows em São Paulo, espero que essa galera compareça, haha.
Muito feliz em poder levar minha música e o que eu amo fazer para outros
lugares. Espero ser bem recebido, farei tudo com o maior carinho, sempre.
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