sábado, 28 de fevereiro de 2015

Entrevista com Jéf



Jéf encanta pela leveza de suas canções. Não à toa, seu primeiro EP no projeto solo se chama "Leve" e nos cativa pela simplicidade, sinceridade e pelo amor genuíno em suas letras. O músico gaúcho de Três Coroas- RS venceu a última edição do Breakout Brasil, da Sony, mas carrega em sua essência a humildade de quem está disposto a transmitir bons sentimentos a quem sua música puder alcançar.


É possível notar que você possui um olhar sensível sobre o mundo ao redor e isso sem dúvida reflete em suas letras. Como funciona seu processo de composição?

- Meu processo de composição é meio maluco. Eu procuro me abastecer de muito conteúdo, músicas, livros, filmes e na vida de verdade, no cotidiano, na história das pessoas, e aí, do nada, alguma coisa surge na minha cabeça. Uma ideia de letra ou melodia. Aí gravo no celular ou anoto em algum lugar, e depois, se aquilo ficar insistindo na cabeça, eu tento trabalhar em cima para finalizar. As vezes surgem músicas ou letras inteiras na cabeça. É meio estranho isso, mas é muito bom.

Além da preocupação com as músicas, há também um cuidado estético, a criação de uma identidade visual que se nota tanto na arte de "Leve" quanto no seu material de divulgação em redes sociais. Quem é responsável por esse conteúdo? Você costuma acompanhar de perto esses processos?

- Como eu sou publicitário, eu procuro ter esse cuidado especial com meu trabalho. Não só com a música, mas com tudo que envolve. Tenho uma amiga que gosto muito do trabalho que é quem cuida da fanpage junto comigo, ela quem cria o conteúdo em si, a Rose Böck. Ela programa os posts e me envia, aí vejo se está tudo legal, escrevo o texto. Enfim, é um trabalho bem de perto, que fazemos com muito carinho. A arte do "Leve" foi feita pelo artista gráfico Leo Lage e pelo fotógrafo Gabriel Not. Também, acompanhei de perto, trocamos muito e-mails, telefonemas até que o resultado ficasse ok para todos nós.

Você chegou a manifestar sua admiração pelo trabalho do Lucas Silveira, da Fresno. Como foi trabalhar com ele na produção do seu próximo álbum?

- Foi muito legal, experiência incrível. Admiro muito o trabalho dele, mesmo. Ele é um cara que é referência pra nova geração, e que muitos artistas já consagrados estão começando a se ligar, como o RPM, o Skank (Lucas escreveu uma letra para eles no disco novo). Enfim, poder trocar experiência com ele, ouvir o que ele tem pra dizer e todo o carinho que ele dedicou ao meu trabalho foi algo muito especial. Fiquei muito feliz.

O que mudou na vida do gaúcho que trabalhava em uma fábrica de sapatos e que hoje é vencedor do reality Breakout Brasil e dono de um contrato com a Sony Music?

- Pois é, ainda está mudando. Antes a música era uma coisa que eu fazia quando tinha tempo, agora estou vivendo disso, é minha prioridade, é o sonho que eu tinha. Tenho me dedicado a isso e está sendo muito legal.

É a primeira vez que apresenta seu trabalho solo em São Paulo. Qual a expectativa para sua passagem por aqui?

- A expectativa é muito boa. Muita gente estava mandando mensagens, entrando em contato, pedindo shows em São Paulo, espero que essa galera compareça, haha. Muito feliz em poder levar minha música e o que eu amo fazer para outros lugares. Espero ser bem recebido, farei tudo com o maior carinho, sempre.





quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Entrevista com Fernanda Reche



A voz doce e suave de Fernanda Reche acompanhada dos acordes bem tocados de seu violão conquista na primeira entoada. Com um trabalho repleto de sentimento, a cantora de São Caetano do Sul, em São Paulo, encanta por suas letras sinceras que falam de amor, de coragem esbanjando sensibilidade e tem seu primeiro EP produzido por Rodrigo Tavares, ex-baixista da banda Fresno.

Como e quando começou a se interessar pela música?

Eu sempre fui uma "criança musical". Me pegava em frente ao rádio ou televisão sempre cantando ou fingindo que cantava, mas sempre fui muito tímida também. Eu me encontrava na música e era ali que queria ficar. Foi aí que aos 10 anos eu comecei a pegar o violão do meu irmão escondido enquanto ele ia para as aulas de contra-baixo dele. Tudo o que sei hoje aprendi sozinha, eu nunca fiz aula. Acredito que força de vontade e umas revistinhas de cifras de banca de jornal podem te ajudar (e muito), rs.

Fale um pouco sobre “Coragem”, seu primeiro EP. Pretende lançar também uma versão física?

Eu tenho muitas composições guardadas, algumas novas e outras bem antigas. Meu primeiro EP conta com uma faixa mais antiga intitulada "Quando a Noite Cai" e eu sempre quis gravá-la. Acredito que encaixou bem com o conceito "Coragem" que tentei passar.
"Coragem" foi a canção que escolhi pra me apresentar para o mundo - apesar de ter composições caseiras já publicadas por aí. Coragem nasceu de uma perda. Eu perdi meu avô, mas ganhei coragem pra continuar. E é isso que quero passar.
Sobre a versão física, pretendo fazer sim e muito em breve! Talvez antes do primeiro semestre acabar todos que quiserem ter um pouco de coragem em mãos, terão.

Recentemente você lançou o single “Quem foi você” em parceria com Rodrigo Tavares, ex-Fresno. Como surgiu e como tem se desenvolvido essa parceria?

Quem conviveu comigo durante um a boa parte da minha trajetória musical, sabe e sabe bem a importância que o Esteban tem nas minhas influências musicais.
Desde sua presença nos contra-baixos da banda Fresno, Tavares já tinha meu respeito e admiração.
O primeiro contato foi com o Marco Lafico, (que já produziu bandas e artistas com o Fresno, Esteban, Seu Jorge, Junior Lima, etc)
No primeiro momento já começamos a fazer a pré-produção de "Quem Foi Você". A melodia e letra são minhas, mas todos os instrumentos gravados na música ficaram por conta do Marco e do próprio Esteban. Eu sabia que estaria deixando a canção em boas mãos.
No dia da gravação das vozes, o Tavares topou humildemente cantar comigo e o resultado não poderia ter sido melhor.
As primeiras palavras do Marco quando começamos a pré-produção, foram : "Essa música é a cara dele!" E esse foi um dos motivos que decidi chamá-lo para uma participação
especial. Essa sem dúvidas será uma das experiências mais especiais que levarei no coração. E o que eu posso dizer é que não parou por aí!

Suas letras são sempre carregadas de sensibilidade. Qual seu processo de composição e que trabalhos lhe inspiram?

Seria clichê dizer que o que me inspira é a vida, mas eu não posso deixar de citá-la. A vida me inspira, as pessoas, os problemas, o riso, o choro, os animais, desenhos animados e se bobear até os extraterrestres me inspiram. Eu deixo a imaginação me levar.
Mas seguindo a linha "bandas/artistas que me influenciam e me inspiram", cito algo como: Incubus, Foo Fighters, Deftones, This Wild Life, City and Colour, Los Hermanos, Silva, Fernanda Takai, Esteban Tavares, Lucas Silveira, American Football e Raça Negra (sim, eu gosto muito!).

Qual a expectativa para o Festival Som de Bolso?

Será uma honra tocar com o Jéf - que inclusive já conhecia seu trabalho antes do Breakout Brasil - e com todos os outros artistas do festival. Estou bem animada e espero que gostem do que tenho pra mostrar pro mundo.



terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Entrevista com Marcelo Perdido



Mais do que ser apresentado como um artista, Marcelo Perdido deve ser observado como um trabalhador. Tendo nas experiências musicais um complemento ao esforço cotidiano – que está longe de se relacionar exclusivamente com a música -, o músico “paulistano” encontra no uso de pequenas melodias e versos brandos um refúgio. Não por acaso a busca por uma clareira criativa parece dar título e movimento lírico ao primeiro invento solo do músico, Lenhador (2014, Independente). Um registro pontuado pela singeleza dos arranjos, mas alimentado em essência pelo esforço dos sentimentos, temas e toques amargurados de desamor.

[por Cleber Facchi]


Como foi o encerramento das atividades com a hidrocor e a transição para o trabalho solo?

Foi algo natural, a hidrocor tinha uma alegria e uma inocência que aos poucos não me representavam mais tanto.
As músicas do primeiro disco da hidrocor foram escritas durante uma fase grande de tempo, do começo dos meus 20 anos. Senti necessidade de cantar e compor novas coisas.

Seu trabalho mais recente, Lenhador, traz letras mais melancólicas e intimista se distanciando um pouco da hidrocor. Isso ajudou a firmar sua imagem e identidade musical no trabalho solo?

É muito cedo para falar assim, eu comecei minha carreira solo em abril do ano passado ao lançar o disco Lenhador, acho que com outros discos lançados que vou poder "firmar uma identidade musicial", por enquanto me preocupo apenas em fazer as músicas, respeitando o jeito que elas nascem, por isso algumas são melancólicas, outras nem tanto.

Em tempos de muitas curtidas e pouca presença em shows, como você avalia o cenário independente atual e quais seus planos e projeções para 2015?

A internet ajuda muito na divulgação de um projeto artístico, mas é um campo virtual, para um artista em começo de carreira como eu, é preciso entender e lidar com essa virtualidade. Não posso me empolgar com número de curtidas ou um comentário "Venha para Recife", pois não existe uma exatidão com o que falamos na internet e o que fazemos de verdade, na internet somos mais simpáticos, amorosos. Ir á um show é muito mais difícil hoje em dia pela quantidade de opções que cada um tem para ocupar seu tempo, as vezes um evento que eu toco está acontecendo ao mesmo tempo que outros shows, a uma estreia de seriado, ou uma tarde de sol que dá vontade de ir na piscina. A verdade é meio essa, enquanto ir á um show não for prioridade na vida das pessoas elas talvez deixem de ir a muitos, pois estão fazendo outras coisas. Em São Paulo tenho acompanhado a crescente onda de visita a exposições, filas enormes. Isso é lindo, muito pela qualidade das atrações que tem sido trazidas, mas muito também pela formação desse costume, que está recomeçando. Não sei bem avaliar o cenário independente, acho que mais do que nunca é preciso entender melhor o consumidor de música do que quem faz música em si. Quero esse ano continuar meu trabalho, lançando um segundo disco.

Sua apresentação nesse domingo conta com a participação especial da cantora Zá. Qual a relação musical entre vocês? 

A Zá é uma grande amiga, ela também está começando sua carreira, já tem um disco lançado e agora lançou alguns singles. Nosso elo musical é o produtor Felipe Parra, ele produziu nossos discos.

Você já pode ser considerado veterano no Festival Som de Bolso, tendo participado da primeira edição com a hidrocor. Qual sua expectativa para essa edição?

Acho que vai ser um ótimo show, eu particularmente gosto de tocar aos domingos e em horários mais cedo. E por ser um festival, o público que estiver aberto a conhecer novos sons poderá se entreter por algumas horinhas!

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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Entrevista com Antiprisma




Elisa Moreira e Victor José formam o duo Antiprisma que traz um folk com toques de doçura e psicodelia nos remetendo a uma paisagem sonora ora bucólica ora espacial. Com vozes e violões bem harmonizados seu primeiro EP autointitulado, lançado no ano passado pelo selo Mono.Tune Records, apresenta quatro faixas produzidas por Filipe C. que encantam pela sinestesia que evocam e pelos sentimentos que transmitem.

Do nome ao estilo, da sonoridade à vontade de gravar as primeiras músicas, como surgiu o projeto Antiprisma?

[Victor] Antes do Antiprisma, tocávamos juntos em uma outra banda, o Carrancazu. Depois de um tempo que a banda se separou, pensamos em começar algo do zero com algumas músicas que já tínhamos, mas que não foram usadas pelo Carrancazu.

[Elisa] A ideia inicial nem era pra ser uma dupla, porém acabamos descobrindo que havia uma afinidade mais que o suficiente pra já começarmos a tocar antes mesmo de montar uma banda. No fim das contas percebemos que nós dois daríamos conta do que pensávamos e tudo já fluía muito bem.

[Victor] Talvez por sermos uma dupla e pela natureza das músicas, acabamos mantendo o formato acústico e continuamos assim, acho que nos encontramos de alguma maneira bem diferente, que nunca tivemos a oportunidade de explorar quando raciocinávamos em termos de ter uma banda, entende? 

[Elisa] Aliás, isso facilitou muita coisa no início, por exemplo, desenvolvemos nossas primeiras músicas em casa, tranquilamente, sem gastar um tostão com estúdio ou tudo aquilo. Ganhamos muito tempo nesse sentindo nos descobrindo como uma dupla de seja lá o que for. Talvez até por isso muita gente que há tempos toca por aí tenha enveredado para o caminho do acústico. Vai saber... com a gente deu certo!

[Victor] Desde o início, nossa intenção era nos descobrir antes de sair de casa para fazer qualquer show. Então foi aí que surgiram as primeiras gravações, feitas em casa, produzidas por nós mesmos com o pouco recurso que tínhamos. A gente se divertia pensando em como fazer soar o Antiprisma da melhor maneira possível. E nem havia esse nome ainda. Antiprisma surgiu depois de muitas tentativas de achar um nome adequado, porque a gente não queria nada como Elisa & Victor ou Moreira & José, não soaria bem, não é? Queríamos apenas um nome legal... E Antiprisma veio da ideia de um amigo e logo de cara gostamos.

Como surgiu o convite para trabalhar com o Filipe C. e o selo Mono.Tune Records?

[Victor] A essa altura já tínhamos gravado muitas coisas em casa e disponibilizado na internet. Por acaso um dos colaboradores do site Pulsa Música Nova nos encontrou e convidou a gente para fazer parte de uma coletânea que estavam desenvolvendo, chamada Lição de Casa, somente com artistas que gravaram suas respectivas músicas de forma caseira. Alambradas, por exemplo, fazia parte do tracklist.

[Elisa] O Filipe acabou conhecendo a gente por meio dessa coletânea, e como estava em busca de novos projetos, nos propôs produzir um EP por meio do selo. A gente nem tocado um show sequer! Ficamos muito contentes. Gravar um EP produzido por ele foi sensacional, era mais do que a gente esperava naquele momento, nem tínhamos seis meses de Antiprisma. O trabalho do Filipe foi crucial pra tudo o que tem acontecido com a gente desde então. Foi uma grande experiência.

A cena folk brasileira se encontra em expansão, mas ainda é associada a cultura norte-americana em um primeiro momento. Como vocês lidam com essa associação e como se aproveitam da cena atual?

[Elisa] Com certeza algo está acontecendo em torno disso. Muitos artistas que estão surgindo empregam essa abordagem acústica, e isso vem de muitos lugares do país. Já ouvimos coisas boas de artistas do Nordeste, Centro Oeste e até mais perto de nós, como no interior de São Paulo e, claro, na capital.

[Victor] Apesar de no primeiro contato a maioria adotar o termo folk para descrever o nosso som, ainda não podemos dizer que fazemos parte de uma cena específica. Por outro lado, a gente reverencia a música acústica naturalmente e por causa disso acabamos por trocar afinidade com outros músicos que também gostam da abordagem, e às vezes até com influências totalmente diferentes das nossas, o que faz com que este cenário seja interessante para quem toca e para quem ouve. Vale lembrar que quando começamos a tocar como Antiprisma, nem imaginávamos que existiam tantas bandas e cantores que de certa forma resolveram explorar essa vertente.

[Elisa] Na verdade, é muito difícil falar de música folk sem esbarrar em algumas contradições. O Brasil já tem sua música folk há muito tempo, mas, por exemplo, nunca lembramos de Tião Carreiro ao pronunciar o termo, mas sim de Bob Dylan ou Joni Mitchell. A gente não vê nenhum problema  com a associação, mesmo porque grande parte das nossas referências vêm de bandas de folk rock dos Estados Unidos e da Inglaterra, além de outros gêneros. Por outro lado, também utilizamos elementos tradicionalmente brasileiros, como a viola caipira, que era algo que algumas composições pediam. Talvez, agora que esta  ‘ideia de folk‘ está tomando corpo por aqui, essa coisa toda possa adquirir uma identidade própria, e brasileira. Mas não forçamos o Antiprisma a afirmar nada, somos a favor de qualquer coisa desde que seja honesta.


Recentemente vocês anunciaram uma parceria com a Coagula Produções. Existem planos ainda para esse semestre?

[Elisa] Nós já fizemos uma sessão de fotos com o pessoal do Coagula, e temos muitas ideias ainda para possivelmente por em prática com eles, principalmente agora que estamos em fase de gravação do nosso primeiro álbum.

Qual a expectativa para o Festival Som de Bolso?


[Victor] Gostamos muito de eventos como este festival, já que é uma maneira de o público conhecer artistas independentes em uma única ocasião e principalmente de se divertir. É importante estimular as pessoas a saírem de casa e prestigiar o que está sendo feito, pois parece que isso se perdeu um pouco com o passar do tempo. A aproximação com o público é o que mantém o artista vivo. O que a gente quer é que as pessoas assistam ao máximo de shows e festivais como este, pois esta talvez seja ainda uma das únicas possibilidades de se saber o que de fato acontece na música independente atual, isso vale para o público e para os próprios artistas. 




domingo, 22 de fevereiro de 2015

Entrevista com Bárbara Fersi





Bárbara Fersi é dona de uma voz poderosa e marcante. Aos 16 anos, ela divide seu tempo entre o ensino médio e o amor pela música e se prepara para sua estréia nos palcos. A gente bateu um papo com ela sobre seu interesse pela música e os preparativos para sua apresentação no Festival Som de Bolso.

Confere aí! 



Quando começou a esse gosto pela música? 

Sempre fui apaixonada pela música. Desde pequena, minha brincadeira favorita era montar bandas e cantar com meus primos.

Além de cantar, você também compõe. Como funciona seu processo de composição? 

Gosto de compor quando estou sozinha. Com o silêncio e tranquilidade as letras fluem melhor e me sinto mais inspirada para falar sobre as coisas que sinto. 

Pensa em seguir na carreira musical? Acha que seu pais te apoiariam nesse sentido? 

Confesso que tenho receio de encarar a carreira musical e essa é uma decisão que ainda vai demorar para ser tomada, mas caso isso aconteça, sem dúvidas meus pais me apoiariam. 

Quais suas principais influências musicais? 

Tenho muitas influências que vão da MPB ao Pop Music, mas minhas principais são Clarice Falcão e John Mayer. 

Qual sua expectativa para o Festival Som de Bolso? 

Minha participação no Festival será minha primeira experiência com o público, por isso estou bastante ansiosa e espero que gostem do meu som.