quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Entrevista com Lebra



Eduardo Vettorato de batismo e Lebra de vocação. Aos 28 anos, e com pelo menos 13 deles dedicados à musica, Lebra compõe a trilha sonora das nossas vidas. Fala das coisas simples e marcantes da nossa caminhada. Dos amores, das incertezas, sobre o tempo e suas respostas. Com dois álbuns independentes lançados, Lebra fala sobre mim, sobre você, sobre nós, sobre o som da vida.

[por Sarah Pera]

De onde vem o apelido "Lebra"?

Vem desde que eu tinha 15 anos, um apelido concedido pelo gaiteiro bueno Nilton Mendes, pai do Mus baixista, precursor do roquenrol em Glorinha-RS. Costumávamos jogar futebol e vôlei pela rua menos movimentada da pacata cidade, a 55KM aqui de Poa. Me apelidou de Lebra pela minha altura e desenvoltura perante aos esportes de rua, batizou uma época da minha vida, porque é o nome do projeto, até mesmo pelas primeiras músicas que compus por lá na época.


Desde quando compõe? O que te inspira a fazer música?


Desde os 14. Quando damos os primeiros rabiscos na vida, algo se solta e não tem mais como parar de fazer. Cada um lida de um jeito, pra mim é uma espécie de terapia que catalisa parte de algo que me enche. A vida faz parte de uma composição, a coisa é esférica, quando tu vê, pegou um bilhete de alguém, juntou com uma coisa que estava cantando pela calçada, então é muito importante tu estar presente ou não naquele momento, por tudo isso nem sempre tudo tão real até vir parar no papel pra boca e o violão.


"Vamos queimar o tempo juntos?" traz arranjos novos para algumas músicas do seu primeiro trabalho solo, o "Euforia". Como surgiu a ideia do projeto "Lebra e a Euforia"?


Veio de uma necessidade de fazer mais barulho que um violão. Junto do Vinícius Vargas (Vini) e da Luiza Gressler (Luli), realmente conseguimos fazer um belo registro de roquenrol mesclado com um punk rock anos 90, que é o que mais embala a gente no final das contas.


Quais são os próximos planos?


Gravaremos músicas "singles" para lançar logo no lebra.art.br


Seu trabalho é totalmente independente e recentemente você lançou o selo Camomila Records. Qual a proposta do selo?


No momento lançaremos os sons dos projetos em que participarei nos próximos meses.


Bandas gaúchas como Tópaz, Doyoulike? e Apanhador Só têm ganhado cada vez mais espaço em São Paulo. O que acha dessa "invasão" gaúcha na cena underground paulista?


Não vejo como uma invasão, acho que sempre foi um intercâmbio de experiências, aquela vontade do ser humano de pegar uma estrada e compartilhar um momento de música, então vejo mais como, se está acontecendo mais seguido, que bom.



Sua vinda à São Paulo foi há dois anos. O que espera para esse retorno? Quais as expectativas para o Festival Som de Bolso?


Espero rever os amigos, comer pizza, e tocar um violão. Acho que é no bolso que guardamos os sons, atualmente com os players nano tecnológicos, o formato do festival tem tudo a ver com essa atmosfera "som de fones de ouvido", daqueles gigantes que todo mundo tá usando, é mó barato. Nos veremos por lá moçada, um abraço!



Site: lebra.art.br

Soundcloud: soundcloud.com/lebra

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